quarta-feira, 6 de julho de 2016

Caderno Técnico do Objeto Interativo

Rede de Implicações

Hall dos elevadores, 1º andar.


Escada e hall -> EXPOSIÇÃO -> constrangimento e inconveniência

Sujeira e espaço apertado -> DESCONFORTO -> alergia e repulsão

"Azul sanatório" e piso de pedra -> GÉLIDO -> melancolia e desgosto

Ferrugem e depósito de objetos -> ABANDONO -> cautela e inquietação

Desconecto e forma tosca -> ALHEIO -> isolamento e opressão

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Sala Minas Gerais - Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Tive a oportunidade de conhecer a Sala Minas Gerais, nova casa da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, em uma apresentação belíssima, que contou, também, com o regente convidado Carl St. Clair, e o violoncelista convidado Leonard Elschenbroich.
Fachada
A Orquestra, que antes se apresentava no Palácio das Artes, agora possui um espaço próprio para ensaios e apresentações. A Sala foi projetada  pelo arquiteto especializado em acústica José Augusto Nepomuceno e conta com acústica comparável a das melhores salas de concertos do mundo. "A exemplo do que é feito no exterior, uma equipe especialista em teatro e acústica estabeleceu as diretrizes e só depois entraram a engenharia e a arquitetura", explica Nepomuceno.

Vista do coro
Para além da acústica, durante minha visita à Sala Minas Gerais, observei alguns aspectos do edifício. Os elementos funcionais como as tubulações do sistema de combate a incêndios e os elevadores, com seus cabos e fios, são aparentes. Além disso, a fachada é coberta por vidro, o que permite maior permeabilidade e comunicação entre o meio externo e interno.


Primeiro andar

Neste Link é possível fazer um Tour Virtual pela sala: http://www.filarmonica.art.br/tour-virtual/

 Fonte: 
Orquestra Filarmônica: http://www.filarmonica.art.br/

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Representação e Experiência presencial

Quais seriam as diferenças entre representação e experiência presencial? Existem vantagens ou desvantagens em cada uma? A discussão feita em turma no Parque Municipal nos mostrou que as diferenças existem sim e, por mais óbvio que pareça, não são tão simples. A conversa girou em torno de um exemplo: as ruas do entorno e o Parque Municipal e a visão pelo Google Street View do mesmo lugar. Pudemos perceber que vários aspectos do ambiente não são reproduzidos digitalmente, como o vento, a temperatura e os cheiros. Outro ponto importante é que o ambiente está em constante mudança, o tempo muda, o movimento de pessoas muda, a sonoridade muda de acordo com os horários e as épocas do ano, e isso não consegue ser representado pelo Street View. Desse ponto de vista, existe um empobrecimento da experiência sensitiva de um lugar ao usar o recurso digital. Porém, é possível ter outro tipo de experiência por meio dessa representação: é possível ir a um lugar ou sair dele de maneira instantânea e prática, não se interfere no ambiente nem ele interfere na sua permanência no local, é possível ter outros tipos de informações e informações mais completas e rápidas sobre o comércio, escolas e locais públicos. Tudo isso pode ser uma vantagem e um enriquecimento da experiência do Street View sobre o ambiente real.

Boi Neon - Cine Humberto Mauro



Boi Neon é um filme de 2016, dirigido por Gabriel Mascaro. Iremar (Juliano Cazarré) é um vaqueiro de curral que viaja pelo Nordeste do Brasil trabalhando em vaquejadas preparando os animais para apresentações em arenas. Ao lado de Galega (Maeve Jinkings) e a pequena Geise (Samya de Lavor), Iremar cria e confecciona roupas no seu tempo vago e seu sonho é trabalhar num polo de confecção com sua própria marca. Ao longo do filme percebemos a representação de um nordeste menos óbvio e da vida quotidiana de pessoas comuns e humildes. O filme está sendo exibido na mostra "Inéditos/Passou Batido em BH" do Cine Humberto Mauro.

Crítica do Vídeo da Mariana Figueiredo

Achei o vídeo do objeto da Mariana muito criativo por que usou recursos simples e chegou a um ótimo resultado. A edição do som ficou muito boa, os sons da mão "andando" e o da parede de espelho abrindo ficaram muito interessantes, mais do que qualquer música. Acho que a parte em que a câmera treme um pouco no fim do vídeo poderia ter sido cortada por que ficou sobrando. Além disso, o recurso das lentes do objeto poderia ter sido mais explorado pois estavam apenas balançando.

domingo, 29 de maio de 2016

Vídeo do Objeto Interativo

Fotos do Objeto Interativo

 

Aprimoramento de objetos

Para aprimorar os objetos criados por nós, fizemos um exercício em que deveríamos juntar dois ou mais objetos, incluindo aquele que criticamos. O meu objeto de crítica foram as esferas do Rogério Ribeiro. Juntei às esferas as luvas com ímãs de Thais soares.

Foquei nos inputs e outputs de cada objeto e, dessa forma, criei um novo sem que fossem feitas modificações em nenhum deles. As luvas da Thais foram feitas para atrair qualquer tipo de objeto que fosse metálico ou imantado e as esferas, entre os vários inputs, possuíam os reed switches, que acionavam os sons, e os ímãs que ativavam reed switches de outra esfera ou atraíam as esferas. Assim, as luvas poderiam atrair as esferas por meio dos ímãs e também poderiam provocar sons por meio da aproximação dos ímãs com os reed switches.

Seminário de Interação

Para o Seminário de Interatividade, cada grupo deveria escolher dois projetos que considerasse mais interativos, um que estivesse dentro das indicações dos professores e outro que fosse encontrado a partir de uma pesquisa feita pelos integrantes do grupo.

O primeiro projeto escolhido pelo meu grupo foi o “Microphones” (2008), de Rafael Lozano. Essa obra consiste numa instalação em que microfones de alturas variadas são dispostos em roda. Cada um deles é programado para grava a voz das pessoas que falam e, imediatamente, reproduzir a gravação anterior de alguém que esteve ali. Acreditamos que a obra fosse interativa porque conseguia estabelecer algum contato, mesmo que por voz gravada, entre as pessoas. Os visitantes são convidados a falar nos microfones e começam por sons aleatórios ou por um simples “oi”, “quem está aí”. Quando percebem que o que dizem será reproduzido para alguém que use o mesmo microfone depois, começam a mandar recados, fazer piadas, contar histórias. Apesar disso, a obra não incentiva a interação entre as pessoas que estão presentes na sala por que cada uma acaba muito focada no próprio microfone.

"Microphones", de Rafael Lozano.
 O segundo projeto foi o "Shift", desenvolvido pelas alunas Luisa Gierhardt e Tina Strack, da Universidade de Ciências Aplicadas de Mainz. O objeto consiste em bancos que possuem um sistema de compressão de ar. Por meio desse sistema, ao sentar, o banco abaixa e, quando outra pessoa senta em outro banco, o primeiro sobe e o segundo abaixa. Isso causa surpresa e pode estimular a interação por que, sem querer, ao sentar, uma pessoa interfere no lugar onde a outra está sentada. É um objeto de fácil entendimento para os usuários. Porém, se existe um grande fluxo de pessoas sentando e levantando dos bancos, é muito provável que uma pessoa não queira mais ficar sentada, principalmente se estiver lendo ou usando celular.

"Shift", de Luisa Gierhardt e Tina Strack.

domingo, 22 de maio de 2016

Objeto Para Corte a Laser

 Esse é um objeto de iluminação que também pretende trabalhar com as sombras formadas pelas peças vazadas de acordo com a montagem feita. Ele foi criado para dialogar com a ideia do Tangram, com poucas peças é possível criar uma infinidade de formas diferentes. Além disso, tiramos este quebra-cabeça da forma bidimensional e o fizemos para montar fora do plano da base.

Planta para objeto.


quarta-feira, 18 de maio de 2016

Estratégias de Apropriação do Espaço

Parkour 

O Parkour foi criado na França na década de 90 e é um treino de transposição de obstáculos do ambiente, do meio urbano ou natural. A prática inclui escalar muros, equilibrar em corrimãos ou saltar sobre vãos, por exemplo. É um exercício físico capaz de desenvolver as capacidades físicas dos praticantes porém, mais do que isso, é a busca pela autonomia do corpo e da mente sobre os desafios do cotidiano. O praticante de Parkour busca lidar com o próprio corpo sem a dependência de acessórios e pretende sair da zona de conforto. É uma forma de interação com o ambiente e de reaproveitamento do espaço. Promove uma nova relação do praticante com o meio, não mais aquela convencional, uma relação de desafio e divertimento com aquilo que não pretendia ter esse fim.


Deriva

Com o objetivo de transformar o urbanismo e a arquitetura das cidades, a deriva consiste em vagar pela cidade sem um rumo definido, apenas sentindo o ambiente, os sons, a vista e cheiro. A partir disso, toma-se caminhos inesperados e imprevisíveis. Os caminhos precisam ser registrados assim como os motivos de cada movimento, virar uma rua ou continuar seguindo por ela mesma.


 Flaneur

Flaneur é a prática de observar a cidade e seu movimento sem nenhum compromisso, é vagar e apreciar o meio urbano sem ter um lugar para chegar.


 Rolezinhos

O rolezinho é uma estratégia de apropriação de territórios, uma forma de ocupação do espaço que possui também um significado político. Essa é uma prática que surgiu após os grandes protestos de 2013, no Brasil, e consiste no encontro de uma quantidade consideravelmente grande de jovens em locais como shoppings. A partir dos protestos e com o fortalecimento das redes sociais digitais, os jovens de periferia passaram a querer ocupar diversos espaços da cidade. O shopping está entre o público e o privado e constitui um espaço segregador, que possui grande visibilidade. 


Flash Mob

Flash Mob é um evento em que pessoas se reúnem para executar uma ação, dança, canto, movimento, coordenadamente. Essa ação acontece de forma inesperada para aqueles que estão fora do grupo que promove a ação e tem um início e um fim muito rápidos. O impacto desse tipo de movimento é devido à rapidez com que acontece e, invariavelmente, à criatividade de quem o cria, pois se torna mais inusitado. Muitos são realizados em forma de protesto mas também pode ocorrer sem nenhum motivo.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Crítica ao Objeto Interativo de Rogério Ribeiro

Após a finalização dos objetos cada aluno elaborou uma crítica ao objeto interativo do colega de modo que todos fossem comentados e todos pudessem ter uma visão mais afastada do seu trabalho. As críticas se basearam nos conceitos de interatividade e da lógica programática.
O objeto que comentei foi o do Rogério Ribeiro.

Objeto de Rogério Ribeiro.
O objeto das três esferas é reativo quando manuseado por uma só pessoa: ele apenas responde aos movimentos e ao toque com som e luz e ao aproximar uma esfera da outra também há resposta luminosa e sonora. As respostas se dão por meio de sensores de movimento, de luz, reed switches e botões de pressão. Durante o manuseio percebi que não conseguia carregar as três esferas ao mesmo tempo e isso me impulsionou a chamar mais alguém para interagir junto com o objeto. Essa foi uma forma, proposital ou não, de fazer a interação entre duas pessoas acontecer por meio da interface e, a partir de então, ele se aproxima um pouco mais da dialógica. Acredito que, apesar de as esferas incitarem o uso por mais de uma pessoa, isso pode mesmo assim não acontecer e o objeto continuar apenas reativo. Além disso, quando ocorre a interação entre duas ou três pessoas, essa interação ainda não é tão rica como poderia ser. O fato de ele ainda ser reativo faz com que a interação não se mantenha por muito tempo e passe a depender muito de quem usa e não mais tanto do objeto. Apesar disso, ele é um dos mais bonitos e atrativos que encontrei além de muito bem acabado. A interface de interação poderia melhorar se os inputs fossem mais perceptíveis, no caso, eu demorei a entender como funcionava e qual era a resposta do sensor de luminosidade. Isso ocorreu porque havia muitas formas diferentes de input e output que se misturavam e passavam a não se distinguir mais, fazendo com que o som e a luz parecessem ser uma resposta apenas do movimento e, às vezes, aleatória.

Obra Através de Cildo Meireles

Durante nossa visita ao Inhotim tivemos a oportunidade de conhecer mais a fundo uma das galerias do museu, a obra Através, de Cildo Meireles. A instalação é composta de uma região quadrada cheia de cacos de vidro espalhados pelo chão. No centro há uma enorme bola feita de papel celofane transparente iluminada de cima. Em volta dessa esfera havia várias barreiras como cercas, cortinas plásticas, grades, arames farpados, entre outros. Essas barreiras se distribuíam sempre em pares iguais em extremos opostos. As barreiras e os cacos no chão nos repelem do ambiente da obra e, por isso, só entendemos que podíamos pisar nos cacos e entrar na instalação depois que vimos um outro visitante fazer isso. Durante a fruição, o que mais nos chamou atenção foi o ambiente sonoro provocado pelos cacos de vidro no chão que, ao serem pisados por muitas pessoas, faziam muito barulho. Isso foi surpreendente por que, ao ver a obra de longe, não imaginávamos que o som dos cacos faria um efeito tão forte. Outra questão interessante foi a sensação de ultrapassar aquelas barreiras que, no cotidiano, sempre nos proíbem ou nos privam de algo.
A descrição da obra dizia que as barreiras do cotidiano poderiam ser ultrapassadas pelos visitantes e que, por serem de materiais diferentes, causavam efeitos psicológicos diversos: "de uma cortina de chuveiro a uma grade de prisão, passando por materiais de origem doméstica, industrial, institucional". Isso foi observado por nós durante a fruição. Porém, a descrição formalizou as sensações vividas.
O prédio que contém Através é muito discreto no ambiente do parque e isso faz com que o visitante se surpreenda ao encontrar uma obra tão grande e sensorialmente forte dentro dele. Além disso, a construção proporciona um ambiente escuro que destaca a esfera iluminada no centro. 

Através, Cildo Meireles.
Além de imergir na obra, também fizemos dois croquis do prédio, um interno e outro externo.

Croqui interno
Croqui externo




quinta-feira, 12 de maio de 2016

Croqui feito nos arredores do Parque Municipal

Viaduto Santa Tereza

Croqui Catedral da Boa Viagem

Catedral de Nossa Senhora da Boa Viagem.

Aula no Parque das Mangabeiras

Durante nossa ida ao Parque das Mangabeiras tivemos a experiência de fazer croquis no mirante. O exercício foi de concentração para esboçar um conjunto de pedras em espaços de tempo decrescentes.

Croqui de pedras em 5 minutos.
Croqui de pedras em 2 minutos.
Croqui de pedras em 30 segundos.

Então mudamos o ângulo de visão das pedras e fizemos outro croqui rápido:

Croqui de pedras em outro ângulo.
Por fim, fizemos um croqui rápido e trocamos com outro colega que estivesse com um ângulo diferente para que desenhasse por cima do desenho. Poderíamos completar o croqui como achássemos melhor para o enquadramento da imagem:

Croqui de pedras modificado por um colega.

Aula na Praça da Liberdade

Durante nossa aula na praça pudemos treinar o desenho de croquis. Uma das práticas foi a de esboço rápido em que desenhamos a mesma árvore algumas vezes e em pouco tempo, de cinco minutos o tempo para o desenho foi diminuindo até poucos segundos. 
Primeiro croqui: 5minutos
Segundo croqui
Terceiro croqui

Quarto croqui

Quinto croqui                              
 




















Como exercício final desenhamos um último croqui e trocamos com um colega que tivesse um ângulo diferente de visão da árvore. Então fizemos um croqui por cima daquele feito pelo colega. Depois fizemos outra troca com um terceiro colega e desenhamos por cima novamente. Obtivemos três croquis da mesma árvore um por cima do outro feitos por três pessoas diferentes em ângulos diferentes.

Croqui em conjunto com outros dois colegas.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

As Escadarias de Vitória

Durante minha viagem a Vitória, Espírito Santo, fui surpreendida pelas escadarias de seu centro histórico.
A fundação de Vitória começa pelo alto, no período de descoberta da América. Os colonizadores procuraram um local mais seguro para se guardarem dos ataques dos índios e de estrangeiros, principalmente franceses e holandeses. Apesar de ser uma cidade tão antiga e tão importante, Vitória sofreu descaracterizações em sua arquitetura, como poderemos ver na Catedral de Vitória e no Palácio Anchieta além das próprias escadarias. 40% da cidade é composta por morros, o que explica, em parte, a construção desses meios de acesso. Foram construídas junto com o crescimento da cidade para substituir as ladeiras inseguras. Fiquei surpresa ao encontrar tantas escadas como essas em Vitória. Belo Horizonte, minha cidade, que também possui um relevo acidentado, não possui escadarias como estas. 

Escadaria Dionísio Rosendo
As duas primeiras com as quais me deparei foram a Dionísio Rosendo e a Maria Ortiz ambas pichadas e em mau estado de conservação. Elas elevam o visitante a um patamar mais alto onde se encontra atualmente a Catedral de Nossa senhora da Vitória. Neste local existia a antiga Matriz de Nossa Senhora de Vitória, que começou a ser construída no período de fundação da Vila de Vitória, em 1550. Como Matriz, ela sediava todos os eventos oficiais de Portugal e abrigou também as solenidades religiosas de aclamação de Dom Pedro I como o primeiro imperador do Brasil. Apesar de todo o esforço em restauração feito durante seu período de existência, foi demolida no início do século XX sob a justificativa de ser insuficiente para a demanda dos fiéis e, no seu lugar, foi construída a atual Catedral de Vitória.

Atual Catedral de Vitória
Antiga Matriz de Vitória





















Essa  Catedral é a mais suntuosa das igrejas do centro e chama a atenção por seu desenho neogótico, que vai contra as origens coloniais da capital. Essas duas escadarias, portanto, levam ao patamar mais alto do centro histórico, localização que demonstra a importância da Igreja Católica  na época da construção da primeira matriz.

Escadaria Bárbara M. Lindenberg
No topo da escadaria Bárbara M. Lindenberg se encontra o Palácio Anchieta. Este abrigava o Colégio de São Tiago, desde 1587, e se tornou a sede do Governo Estadual em 1798. Enfrentando três grandes incêndios e várias reconstruções, o edifício é Tombado pelo Conselho Estadual de Cultura em 1983. A restauração completa do Palácio Anchieta foi concluída em 2009 passando a receber visitação e exposições. A Escadaria Bárbara M. Lindenberg foi construída em 1883  no lugar onde havia antes a Ladeira Padre Inácio. É uma bela construção, ornada por seis belas esculturas em estilo neoclássico, quatro planos calçados e possui uma fonte artificial em sua base. Se encontra bem conservada e com pintura nova, ao contrário da sua vizinha, a escadaria Maria Ortiz, que está em mau estado de conservação. A escadaria, apesar de uma das mais famosas da cidade, está descuidada. Foi construída em 1924 no que era antes a Ladeira do Pelourinho.

http://s2.glbimg.com/j0PV5N189i7TrI-r2gM6BitONwg=/s.glbimg.com/og/rg/f/original/2013/11/22/img_00011964.jpg
Escadaria Maria Ortiz

 Podemos perceber que as escadarias do centro histórico, em sua maioria neoclássicas e ecléticas, foram construídas muito após a fundação da cidade, que tem sua origem colonial. O estilo neogótico da Matriz de Vitória também é presente na Basílica de Lourdes na rua da Bahia, Belo Horizonte. A semelhança de estilo das escadarias e de alguns edifícios de Vitória aos edifícios das antigas sedes administrativas da Praça da Liberdade se dá pela época de suas construções: fim do século XIX e início do XX. A cidade de Vitória, portanto, apresenta  numa mesma região central estilos arquitetônicos muito distantes no tempo, podendo caracterizar uma riqueza, mas também, no caso da Matriz neogótica, uma perda com a derrubada da antiga Matriz colonial.



Fonte:
(http://www.vitoria.es.gov.br/cidade/historia-de-vitoria)
(https://www.achetudoeregiao.com.br/es/vitoria/geografia.htm)
(http://seculodiario.com.br/blogs/manu/tag/escadaria-barbara-lindenberg/)
(http://www.rotascapixabas.com/2010/06/07/uma-catedral-fora-de-contexto/)
(http://seculodiario.com.br/blogs/manu/tag/escadaria-barbara-lindenberg/)
(http://www.es.gov.br/Governo/paginas/Palacio_Anchieta.aspx)


terça-feira, 26 de abril de 2016

Maquete do Objeto Interativo

 A ideia

A primeira ideia de objeto interativo foi pensada para trabalhar com a expressão corporal. A partir daí mantive essa essência mas mudei muitas vezes a interface de interação. Cheguei então a essa forma:





 Seriam argolas de tubos maleáveis pelas quais passam lâmpadas de LED coloridas que mudam de cor com o movimento
O objeto foi pensado para que fosse muito colorido e para que as cores também interagissem com o usuário.




 

Esquema do objeto:

 O objeto é composto de tubos maleáveis (60, 90, 120, 150 cm de comprimento cada) por onde passam circuitos elétricos. Em cada argola, o circuito contém ímãs, bateria, luzes de LED coloridas por todo o tubo, um sensor de movimento por cada e uma abertura feita com ímãs que abrem e fecham o circuito. Essas aberturas servem para abrir as argolas e mudar a configuração do objeto. Os sensores de movimento controlam as cores que aparecem em cada argola de modo que cada uma possui duas opções de cores de acordo com a posição que se encontra o sensor de movimento. Cada uma possui opções de cores diferentes das outras para que a variedade seja a maior possível. Os ímãs espalhados por elas possibilitam uma maior gama de formas que o objeto pode tomar, sendo que podem grudar entre ímãs da mesma argola ou de outras. Ainda preciso repensar o tamanho dessas argolas para que sejam convidativas para o público.
Espera-se como resultado que as pessoas usem a imaginação para lidar com o objeto.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Releitura da relação entre os objetos

Uma conclusão sobre a rede:

A conclusão do meu último texto sobre a rede de objetos foi que ela seria programática em função das ligações finalísticas e causalísticas entre os objetos. Descobri depois que, por mais que as ligações não sejam programáticas, a rede pode mesmo assim o ser. Durante as discussões em sala descobri que a rede de objetos, ao contrário do que tinha pensado anteriormente, nunca seria previsível pois a quantidade de objetos era muito grande e a relação entre eles, por mais finalística ou causalística que fosse, nunca poderia ser prevista a ponto de ser possível saber todas as ligações de antemão.

Refazendo as ligações:

Para refazer a ligação entre o meu objeto e o xale preto com transparência imaginei que ao cobrir o cubo se estabeleceria a noite no planeta que está dentro. O xale filtraria a luz que vem de fora e sua cor preta estaria associada ao universo visto da Terra. Aprofundando ainda mais, poderíamos imaginar que cada buraco na trama do tecido, onde a luz ainda passa, ao ser visto por um ser na terra, poderia ser interpretado como uma estrela. Depois de imaginar essa relação pensei que apenas uma criança muito entediada e com poucos objetos à mão faria uma brincadeira assim.

quarta-feira, 23 de março de 2016

Formas do Moderno na Casa Fiat de Cultura - Coleção Edson Queiroz


No dia 22 de março fiz uma visita à exposição Formas do Moderno na Casa Fiat de Cultura que conta com 53 pinturas e 5 esculturas de variados artistas. A exposição traz uma narrativa da história da arte no Brasil na primeira metade do século XX.
 Durante este período vários estilos de expressão artística surgiram e se sobrepuseram na tentativa de quebrar regras e na procura da liberdade. Foi nessa época que o mundo viu a ruptura mais radical com o passado, “concentrava-se menos na realidade visual externa e mais na visão interna”. A arte do século XX libertou a escolha de tema pelos artistas por que não eram mais obrigados a agradar mecenas, libertou a forma das regras tradicionais (como no Cubismo), e libertou as cores da representação realista (como no Fovismo).    
 (Ismael Nery - Figuras Sobrepostas)
Nesta obra de Ismael Nery podemos perceber a forte influência do Cubismo na arte brasileira. Além disso, pode-se perceber que a lei da frontalidade, presente nas artes egípcia e mesopotâmica, serviu de inspiração para os artistas cubistas. Apesar de querer quebrar paradigmas e buscar a liberdade de criação, a arte modernista ainda buscou elementos da arte de civilizações antigas que, na verdade, foram as grandes fontes de inspiração para forma de fazer arte no ocidente desde a Grécia Antiga.

 (Emiliano Di Cavalcanti - Batuque)
Na obra Batuques, Emiliano Di Cavalcanti, é possível perceber o rompimento com as formas e com os temas clássicos, o retrato de uma festa tradicional. Os motivos brasileiros foram uma tendência do movimento modernista no Brasil, inclusive na arquitetura com Oscar Niemeyer.
(Bruno Giorgi - Flautista)
Também nas esculturas, o artista modernista rompeu com as formas clássicas e passou a representar "não o que se vê por fora, mas o que existe por dentro". Um exemplo é a escultura em bronze de Bruno Giorgi, esguia e com muito movimento e leveza, o que não seria possível, nessas proporções, sem romper com as regras tradicionais. Algumas de suas obras estão na cidade de Brasília, grande exemplo do modernismo na arquitetura.

(José Pancetti - Lavadeiras do Abaeté)
José Pancetti, artista brasileiro, rompe totalmente com o uso tradicional das cores e é muito influenciado pelo expressionismo. Essa obra possui cores chapadas, ausência de sombra e preocupação com profundidade e contornos muito simples e geométricos. O artista também tem a liberdade de escolher temas do cotidiano como o trabalho das lavadeiras.

(Samson Flexor - Composição Geométrica) 
(Hélio Oiticica - Metaesquema)

O estilo abstrato conseguiu afastar-se ao máximo das formas e cores tradicionais chegando a uma liberdade radical de expressão. Buscou se afastar de seu referente no mundo real e explorar seus próprios elementos.
 Samson Flexor, artista moldavo radicado no Brasil, foi um dos primeiros a explorar o abstracionismo no modernismo brasileiro. Flexor e Hélio Oiticica são exemplos da arte abstrata brasileira presentes na coleção de Edson de Queiroz.


(Maria Helena Vieira da Silva)
Por meio de linhas e formas geométricas pouco precisas e muito soltas, Maria Helena Vieira consegue representar o caos urbano de forma muito abstrata e caótica. É possível perceber o uso da perspectiva mesmo sem haver objetos definidos na obra.









(STRICKLAND, Carol. Arte Comentada: Da Pré-História ao Pós Moderno. 15. ed. Rio de Janeiro: Ediouro,2004)