terça-feira, 17 de maio de 2016

Obra Através de Cildo Meireles

Durante nossa visita ao Inhotim tivemos a oportunidade de conhecer mais a fundo uma das galerias do museu, a obra Através, de Cildo Meireles. A instalação é composta de uma região quadrada cheia de cacos de vidro espalhados pelo chão. No centro há uma enorme bola feita de papel celofane transparente iluminada de cima. Em volta dessa esfera havia várias barreiras como cercas, cortinas plásticas, grades, arames farpados, entre outros. Essas barreiras se distribuíam sempre em pares iguais em extremos opostos. As barreiras e os cacos no chão nos repelem do ambiente da obra e, por isso, só entendemos que podíamos pisar nos cacos e entrar na instalação depois que vimos um outro visitante fazer isso. Durante a fruição, o que mais nos chamou atenção foi o ambiente sonoro provocado pelos cacos de vidro no chão que, ao serem pisados por muitas pessoas, faziam muito barulho. Isso foi surpreendente por que, ao ver a obra de longe, não imaginávamos que o som dos cacos faria um efeito tão forte. Outra questão interessante foi a sensação de ultrapassar aquelas barreiras que, no cotidiano, sempre nos proíbem ou nos privam de algo.
A descrição da obra dizia que as barreiras do cotidiano poderiam ser ultrapassadas pelos visitantes e que, por serem de materiais diferentes, causavam efeitos psicológicos diversos: "de uma cortina de chuveiro a uma grade de prisão, passando por materiais de origem doméstica, industrial, institucional". Isso foi observado por nós durante a fruição. Porém, a descrição formalizou as sensações vividas.
O prédio que contém Através é muito discreto no ambiente do parque e isso faz com que o visitante se surpreenda ao encontrar uma obra tão grande e sensorialmente forte dentro dele. Além disso, a construção proporciona um ambiente escuro que destaca a esfera iluminada no centro. 

Através, Cildo Meireles.
Além de imergir na obra, também fizemos dois croquis do prédio, um interno e outro externo.

Croqui interno
Croqui externo




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