domingo, 20 de março de 2016

A lógica programática de Flusser aplicada à rede de objetos feita em sala.


Depois de encontrarmos objetos que tivessem a ver com nossas características, foi feita uma dinâmica em que cada aluno apresentou o seu e o ligou a mais dois. Ocorreu que muitos alunos utilizaram uma lógica finalística e causalística tanto para apresentar seus objetos quanto para liga-lo aos outros. O meu é o da figura, um cubo de acrílico com um globo terrestre dentro. Acredito que fiz parte deste grupo de alunos que seguiu uma lógica simples e linear ao associar uma característica minha de curiosidade quanto ao mundo a algo tão obvio como o globo terrestre. Teria tido uma lógica mais complexa se, por exemplo, tivesse associado essa minha característica a um canetão de quadro, que professores usam pra nos ensinar e nos mostrar um mundo completamente novo.  Outra visão muito linear e óbvia que tive na dinâmica foi a de associar meu objeto à Torre Eiffel que representa uma vontade de conhecer outros lugares, assim como o globo. Quando liguei meu cubo de acrílico ao xale de vestir preto com transparência também segui uma lógica linear, pois associei a transparência do cubo à do xale. Também na minha rede, a bolinha de ping-pong se ligou ao meu cubo. Acredito que o teor causalístico e finalístico na rede de objetos se dá pela previsibilidade das ligações entre eles, isso acontece pela lógica simples e linear utilizada pelos alunos ao ligar objetos por suas características semelhantes ou por sua vontade de ter a característica observada no outro. Para Flusser: “O conceito fundamental da visão programática é, portanto, o acaso.” Então, de acordo com a programática de Flusser, nossa rede de objetos foi muito mais finalística e causalística que programática.

Alice Bottaro, 20 de março de 2016.

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