quarta-feira, 30 de março de 2016
segunda-feira, 28 de março de 2016
Croquis Escola de Arquitetura UFMG
quarta-feira, 23 de março de 2016
Formas do Moderno na Casa Fiat de Cultura - Coleção Edson Queiroz
No dia 22 de março fiz uma visita à exposição Formas do Moderno na Casa Fiat de Cultura que conta com 53 pinturas e 5 esculturas de variados artistas. A exposição traz uma narrativa da história da arte no Brasil na primeira metade do século XX.
Durante este período vários estilos de expressão
artística surgiram e se sobrepuseram na tentativa de quebrar regras e na
procura da liberdade. Foi nessa época que o mundo viu a ruptura mais radical
com o passado, “concentrava-se menos na realidade visual externa e mais na
visão interna”. A arte do século XX libertou a escolha de tema pelos artistas
por que não eram mais obrigados a agradar mecenas, libertou a forma das regras
tradicionais (como no Cubismo), e libertou as cores da representação realista
(como no Fovismo).
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(Ismael Nery - Figuras Sobrepostas) |
Nesta obra de Ismael Nery podemos perceber a forte influência do Cubismo na arte brasileira. Além disso, pode-se perceber que a lei da frontalidade, presente nas artes egípcia e mesopotâmica, serviu de inspiração para os artistas cubistas. Apesar de querer quebrar paradigmas e buscar a liberdade de criação, a arte modernista ainda buscou elementos da arte de civilizações antigas que, na verdade, foram as grandes fontes de inspiração para forma de fazer arte no ocidente desde a Grécia Antiga.
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(Emiliano Di Cavalcanti - Batuque)
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Na obra Batuques, Emiliano Di Cavalcanti, é possível perceber o rompimento com as formas e com os temas clássicos, o retrato de uma festa tradicional. Os motivos brasileiros foram uma tendência do movimento modernista no Brasil, inclusive na arquitetura com Oscar Niemeyer.
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(Bruno Giorgi - Flautista)
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Também nas esculturas, o artista modernista rompeu com as formas clássicas e passou a representar "não o que se vê por fora, mas o que existe por dentro". Um exemplo é a escultura em bronze de Bruno Giorgi, esguia e com muito movimento e leveza, o que não seria possível, nessas proporções, sem romper com as regras tradicionais. Algumas de suas obras estão na cidade de Brasília, grande exemplo do modernismo na arquitetura.
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(José Pancetti - Lavadeiras do Abaeté)
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José Pancetti, artista brasileiro, rompe totalmente com o uso tradicional das cores e é muito influenciado pelo expressionismo. Essa obra possui cores chapadas, ausência de sombra e preocupação com profundidade e contornos muito simples e geométricos. O artista também tem a liberdade de escolher temas do cotidiano como o trabalho das lavadeiras.
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(Samson Flexor - Composição Geométrica) |
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(Hélio Oiticica - Metaesquema) |
O estilo abstrato conseguiu afastar-se ao máximo das formas e cores tradicionais chegando a uma liberdade radical de expressão. Buscou se afastar de seu referente no mundo real e explorar seus próprios elementos.
Samson Flexor, artista moldavo radicado no Brasil, foi um dos primeiros a explorar o abstracionismo no modernismo brasileiro. Flexor e Hélio Oiticica são exemplos da arte abstrata brasileira presentes na coleção de Edson de Queiroz.
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(Maria Helena Vieira da Silva)
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Por meio de linhas e formas geométricas pouco precisas e muito soltas, Maria Helena Vieira consegue representar o caos urbano de forma muito abstrata e caótica. É possível perceber o uso da perspectiva mesmo sem haver objetos definidos na obra.
(STRICKLAND, Carol. Arte Comentada: Da Pré-História ao Pós Moderno. 15. ed. Rio de Janeiro: Ediouro,2004)
domingo, 20 de março de 2016
A lógica programática de Flusser aplicada à rede de objetos feita em sala.
Depois de encontrarmos objetos que tivessem a ver com nossas
características, foi feita uma dinâmica em que cada aluno apresentou o seu e o
ligou a mais dois. Ocorreu que muitos alunos utilizaram uma lógica finalística
e causalística tanto para apresentar seus objetos quanto para liga-lo aos
outros. O meu é o da figura, um cubo de acrílico com um globo terrestre dentro.
Acredito que fiz parte deste grupo de alunos que seguiu uma lógica simples e
linear ao associar uma característica minha de curiosidade quanto ao mundo a
algo tão obvio como o globo terrestre. Teria tido uma lógica mais complexa se,
por exemplo, tivesse associado essa minha característica a um canetão de quadro,
que professores usam pra nos ensinar e nos mostrar um mundo completamente novo.
Outra visão muito linear e óbvia que
tive na dinâmica foi a de associar meu objeto à Torre Eiffel que representa uma
vontade de conhecer outros lugares, assim como o globo. Quando liguei meu cubo
de acrílico ao xale de vestir preto com transparência também segui uma lógica linear,
pois associei a transparência do cubo à do xale. Também na minha rede, a
bolinha de ping-pong se ligou ao meu cubo. Acredito que o teor causalístico e
finalístico na rede de objetos se dá pela previsibilidade das ligações entre
eles, isso acontece pela lógica simples e linear utilizada pelos alunos ao
ligar objetos por suas características semelhantes ou por sua vontade de ter a
característica observada no outro. Para Flusser: “O conceito fundamental da
visão programática é, portanto, o acaso.” Então, de acordo com a programática
de Flusser, nossa rede de objetos foi muito mais finalística e causalística que
programática.
Alice Bottaro, 20 de março de 2016.
Alice Bottaro, 20 de março de 2016.
sábado, 19 de março de 2016
O Complexo Arquitetônico da Pampulha
Pesquisa sobre o Conjunto Arquitetônico da Pampulha
Encomendado pelo então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, ao jovem arquiteto Oscar Niemeyer, o conjunto da Pampulha é composto de cinco edifícios em torno do lago artificial da Pampulha. Eles são: um cassino, um salão de danças popular, um clube de elite, uma igreja e um hotel (que não foi construído). Mais tarde foi encomendada pelo prefeito uma casa de veraneio para ele e sua família. Niemeyer chamou o calculista Joaquim Cardoso e o paisagista Roberto Burle Marx e projetou cada edifício como uma unidade mas interligada aos demais.Fonte: http://arquiteturaurbanismotodos.org.br/pampulha/
Museu de Arte da Pampulha (antigo cassino)
O prédio que hoje abriga um museu, foi o primeiro projeto de Oscar Niemeyer para o conjunto da Pampulha. Sua concepção foi influenciada pelos princípios funcionalistas do arquiteto Le Corbusier. Os jardins que circundam o prédio foram criados pelo paisagista Burle Marx e têm como principal característica sua composição com formas sinuosas, com grandes blocos ou manchas de cores construídas com espécies da fauna brasileira.
Fonte: http://www.belohorizonte.mg.gov.br/local/atrativos-turisticos/culturais-lazer/museu-de-arte-da-pampulha
Igreja São Francisco de Assis
Sendo uma das primeiras obras do arquiteto, com a qual ele ganhou reconhecimento em todo o país, Niemeyer encontrou a oportunidade de desafiar a monotonia que rodeava a arquitetura contemporânea, aproveitando-se da liberdade plástica que o concreto permite, dando início à sua arquitetura de curvas que o caracteriza até hoje.
É característico o uso do concreto neste trabalho no qual se conseguiu os volumes de grande riqueza formal incorporando, ao mesmo tempo, valores poéticos da cultura do país. Suas curvas e linhas oblíquas lhe conferem um caráter assimétrico e flexível, refletindo a exploração máxima das possibilidades plásticas e potencialidades escultóricas oferecidas pelo concreto armado.
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br/01-83469/classicos-da-arquitetura-igreja-da-pampulha-slash-oscar-niemeyer
Casa do Baile
Referência da arquitetura moderna brasileira, a Casa do Baile foi projetada por Oscar Niemeyer que propunha uma integração total com o ambiente da lagoa. A planta se desenvolve a partir de duas circunferências que se tangenciam internamente. Delas desprende-se uma marquise sinuosa, bem ao gosto barroco, que provoca o olhar e dialoga com as margens da represa.
Fonte: http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxonomiaMenuPortal&app=fundacaocultura&tax=45116&lang=pt_BR&pg=5520&taxp=0&
Pampulha Iate Clube
Construído em 1942, sua arquitetura remete a um barco que se lança nas águas da Pampulha. A fachada em forma de proa é inspirada em imagens náuticas popularizadas por Le Corbusier. O espaço possui projeto paisagístico assinado por Burle Marx e obras de Cândido Portinari.
Fonte: http://www.iatebh.com.br/site/conjunto-arquitetonico-da-pampulha/
19 de março de 2016.
19 de março de 2016.
Arquitetura e Vestuário
Reflexão sobre as diferenças entre arquitetura e vestuário
Arquitetura e vestuário são ambos voltados primordialmente a
atender necessidades do homem. Criados pelo próprio ser humano, a arquitetura e
o vestuário serviram antes como forma de abrigo de intempéries ou de condições
climáticas próprias das regiões onde habitou. Graças a essas duas invenções o
homem pôde conquistar regiões tão extremas como desertos quentes ou até regiões
árticas. Durante a História da humanidade a arquitetura adquiriu, além da
proteção, diferentes funções e significados. Templos foram construídos para
serem locais de adoração a deuses, por exemplo. A forma de construção de uma
moradia e os materiais de que é feita demonstraram e demonstram até hoje o
status de seus habitantes, sendo essa uma forma importante de linguagem. Da
mesma forma, o vestuário também desenvolveu diferentes significados de acordo
com o tempo histórico e a cultura. Diferentes vestuários são utilizados
dependendo do status de uma pessoa. O material mais simples ou mais nobre, a
maneira de fazer a vestimenta dependem se ela tem uma alta posição social ou
não. Além disso, dependendo do lugar onde uma pessoa está, com quem ela está,
da idade, do sexo e da ocasião, as roupas também podem mudar. Algo semelhante
acontece na arquitetura: lugares com finalidades diferentes são construídos de
maneiras diferentes e com materiais diferentes. Então, porque vestuário e
arquitetura não são a mesma coisa? Um fato relevante são as dimensões de cada
um. O vestuário é mais íntimo e de menor escala enquanto a arquitetura é
coletiva e em escalas maiores. Também é preciso considerar que o primeiro é
mais perecível enquanto o segundo é mais durável. Mesmo diante de muitos
argumentos, a discussão acerca das diferenças entre arquitetura e moda
continua.
Revolução Objetiva
Parágrafo sobre o texto "Animação Cultural" de Vilém Flusser
A revolução objetiva descrita no texto
“Animação Cultural” nos parece completamente fora da realidade. Porém, ao
refletir melhor sobre ele, percebemos que uma revolução dos objetos, na qual eles
tomariam o poder e governariam os homens, não é tão descabida assim. Claramente
não há possibilidade de um objeto criar consciência, subjetividade ou emoção
como no texto, sendo esse apenas uma ilustração. O teor de realidade de
“Animação Cultural” se encontra no fato de as pessoas darem aos objetos funções
e importância fundamentais em suas vidas passando a dependerem deles. Após o
século XX, com a incorporação das máquinas à vida cotidiana e o modo de
produção industrial em massa, o ser humano passa de detentor de poder sobre os
objetos a servo destes. Portanto, o texto é uma ilustração do paradoxo no
desenvolvimento da relação entre homem e objeto.
quarta-feira, 16 de março de 2016
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